“O PT acabou. Aquele partido que eu ajudei a fundar, fazendo reuniões na minha casa, indo de porta em porta, em assembleias, ele não existe mais”, lamentou.
O novo caminho de Marta ficou evidente na festa pela presença maciça do comando do PSB, sigla à qual a senadora se filiará nos próximos dias.
O vice-governador de São Paulo, Marcio França, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, demonstravam entusiasmo com a candidatura de Marta à Prefeitura de São Paulo no ano que vem.
O ingresso numa legenda de oposição a Dilma e próxima ao PSDB no estado levou Marta, fundadora do PT, a se aproximar dos tucanos.
Ela convidou o governador Geraldo Alckmin, que não compareceu, mas pediu ao vice que o representasse.
A senadora sabe que terá de se reinserir no eleitorado “azul” da cidade, ironicamente aquele composto pela classe social a que ela mesma sempre pertenceu e que era predominante na festa de sexta-feira.
“Eu sei que haverá a necessidade de reconstruir as relações. A maneira de fazer isso será explicar com clareza que, como governante, fiz uma opção clara pelos que mais precisam, e que ela é a correta para o conjunto da cidade”, disse Marta.
As críticas a Dilma rivalizavam, entre os convidados, com as queixas dirigidas ao prefeito Fernando Haddad. A todas, Marta não hesitava em fazer suas próprias.
“O governo dele é de uma incompetência total. Ele tenta copiar algumas marcas modernas da minha gestão, mas a periferia está totalmente abandonada”, dizia ela num grupo de convidados.
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